Wanda Engel
Por WandaEngel -
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Dizia minha avó que “elogio em boca própria é vitupério”. Eu não sabia muito bem o que isto significava, mas não restava dúvida de que era uma coisa horrível. Longe de mim a intenção de cometer um vitupério!
Ocorre que vivenciamos, no Brasil, um aumento inaceitável da pobreza e da desigualdade. Por um lado, cresce a consciência da complexidade destes problemas, e de como eles afetam a todos nós. Por outro lado, o momento é de “proposta zero” em termos de políticas públicas voltadas para estas questões.
A gravidade da situação e a falta de saída visíveis podem nos levar a uma estagnação ou a um verdadeiro retrocesso nas políticas de redução da pobreza. É neste contexto que surge este site. Minha intenção é a de contribuir, com a experiência acumulada em 57 anos de vida profissional, na busca de novas e mais efetivas soluções para este problema.
Quando perguntam minha profissão, invariavelmente respondo que sou professora, mas na verdade acho que minha principal atuação está ligada a políticas públicas. Quer atuando em ONGs, governos, organismo internacional ou setor privado, minha diretriz foi sempre a de criar propostas com potencial de se tornarem políticas públicas.
Meu propósito, em todos estes espaços, era conceber e implantar iniciativas, a partir do campo da educação ou do desenvolvimento social, com uma “pegada” intersetorial e multissetorial, que pudessem contribuir para a diminuição da pobreza e da desigualdade. Ou seja, que no concreto, pudessem oferecer, para outras crianças e jovens pobres, como eu havia sido, oportunidades de mobilidade social.
Assim, o que me move é o desejo de apresentar, sob o meu ponto de vista e a partir de diferentes espaços de atuação, flashs da evolução das políticas públicas voltadas para os mais pobres. Não se trata de um relato histórico, de cunho acadêmico, mas de uma história vivida e sofrida nas últimas décadas.
Penso que chegou a hora de disponibilizar não somente a experiência acumulada, mas também os produtos aí gerados e as reflexões atuais sobre o contexto atual. Além de todas estas razões, devo confessar que adoro contar histórias. Sempre quis ser aquele personagem que, à volta de uma fogueira, começa dizendo: “Meninos, eu vi!”
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